segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Buscar a Jesus


João, o amado, andou com Jesus durante três anos. Sabia o que significava comer com Ele, viajar com Ele, tocá-Lo, ajudá-Lo em Suas necessidades diárias. E por três anos João discutia com os outros discípulos acerca de qual deles seria o maior. Por três anos ele era ainda filho do trovão.
Aqueles que pensavam que pela conversão e por andar com Jesus, alguém pode ser transformado da noite para o dia (e se isto não acontece, não houve experiência genuína), fariam melhor em olhar novamente para João, Pedro e os outros discípulos. Mesmo no cenáculo, na noite anterior à crucifixão, eles ainda contendiam acerca de qual deles seria o maior. Sabiam que estavam errados, mas continuavam a discutir, mesmo sentindo-se envergonhados. Mas Jesus os tratou com bondade e paciência, e mesmo depois de ter voltado para o Céu, João e os outros continuaram a andar com Ele.
Anos mais tarde João escreveu em sua epístola geral: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam com respeito ao Verbo da vida... o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo." I S. João 1:1-3. João disse, anos depois que Jesus retornara ao Céu: ''Temos comunhão com Jesus Cristo.''
Você também pode ter comunhão com Cristo. Este é o propósito da vida devocional. E o andar, falar e comungar com Ele visam à comunhão. Em toda a nossa experiência devocional o convite, o desafio, é ler com o objetivo de nos comunicarmos, de termos comunhão com Jesus. "Queremos ver a Jesus." S. João 12:21. Ora, se aceitamos isso como verdade, vai produzir alguma influência no que lemos.
Não faz muito tempo, eu estava lendo o livro de Juízes. Gosto de ler um pouco do Velho Testamento, junto com o Novo. Na primeira parte de Juizes li acerca das muitas batalhas e vitórias e conquistas dos povos de Canaã. Na segunda parte, li sobre os meticulosos limites estabelecidos. A descrição dos territórios de cada tribo, como as fronteiras da tribo de Benjamim iam de uma parte a outra, incluindo isto e aquilo. Depois de ler alguns capítulos achei difícil ver Jesus ali.
Há tempo e propósito para o estudo de cada livro da Bíblia, mas se o objetivo principal da vida devocional é buscar a Jesus, a que dedicarei mais tempo? Ao estudo da última parte do livro de Juízes, ou do Sermão do Monte? É possível que os Dez Mandamentos se tornem uma arma letal nas mãos de alguém que não sabe sentar-se com Maria aos pés de Jesus e aprender de Seu amor e bondade. A lei e o evangelho devem andar juntos. É buscando Jesus onde Ele é mais claramente revelado que gozamos comunhão com Ele e crescemos mais e mais à Sua semelhança. O propósito da vida devocional é aprender a conhecê-Lo e a nEle confiar mais plenamente. 

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