terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Record estreia José do Egito em 30 de Janeiro

Divulgação
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O portal da Rede Record de Televisão, o R7, anuncia a estreia da nova atração da emissora do Bispo Macedo, que vai de encontro ao horário nobre da sua principal oponente, a Rede Globo. Chama-se José de Egito.
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A superprodução conta com os atores Ângelo Paes Leme, Caio Junqueira e as atrizes Bianca Rinaldi e Samara Filipo nos papéis centrais. A nova teledramaturgia foi dirigida por Alexandre Avancini e roteirizada por Vivian de Oliveira. Possui gravações externas realizadas no Chile, no deserto do Atacama, e também Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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Tudo parece confirmar que a estratégia de oferecer aos telespectadores brasileiros temas bíblicos produz retorno a contento. É uma opção que agrada aos que assistem televisão aberta.
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Desde Dezembro, às 21 horas, de segunda à sexta-feira, a Rede Record tem reexibido suas minisséries religiosas, sequencialmente: Ester, Sansão, Rei Davi. E após a reexibição de Sansão, que ainda está indo ao ar, exibirá José do Egito.
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Segundo dados de colunistas especializados em televisão, as atrações deste estilo que a Rede Record produz possui grande potencial para incomodar muito a concorrência.
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E.A.G.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Malafaia processa Forbes por causa de artigo de brasileiro

Por Eliseu Antonio Gomes
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Segundo dados questionáveis de uma matéria publicada em 17 de Janeiro na revista Forbes, Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, é o pastor mais rico do Brasil, com um patrimônio estimado em 950 milhões de dólares (1,9 bilhão de reais). Após ele, Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus é dono de 220 milhões de dólares (440 milhões de reais). Em terceiro lugar, aparece Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, com estimava de ser dono de uma fortuna de 150 milhões de dólares (300 milhões de reais). RR Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, teria patrimônio de 250 milhões de reais. E Estevam Hernandes Filho e sua esposa, "Bispa" Sonia, seriam donos de 65 milhões de dólares (130 milhões de reais).
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A listagem precede uma carga bastante preconceituosa contra a cristandade, colocando a vocação pastoral como profissão, a igreja como empresa e os membros dela como gente manipulável, parte de uma grande massa de manobra. A matéria é assinada pelo jornalista brasileiro Anderson Antunes, apresentado como colaborador da Forbes, como também da The Financial Times, USA Today, The Telegraph, CNN, MSNBC. 
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Ao ler a matéria, saltou aos meus olhos as fontes. O substantivo feminino "estimativa" aparece várias vezes no texto e deixa claro que não há base sólida para os números que apresenta. Ao final do texto é mencionado que as fontes seriam coletadas em revistas como Veja, Exame, jornais Estado de São Paulo, Folha, entre outros; e, pasmem-se, relatórios do Ministério Público do Brasil, da Polícia Federal e da União.  
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Ora, as informações do MPF, PF e União são confidenciais e artigos de revistas não são documentos consistentes para tais afirmações. No espaço de comentários da matéria, a versão online, Antunes admite não possuir acesso às informações de imposto de renda das pessoas mencionadas por ele. Ou seja, tudo são suposições.
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Silas Malafaia anuncia que processará a revista Forbes brasileira. Por quê? Porque ele afirma que os números apresentados não correspondem com a sua realidade, seu patrimônio seria bem menor.
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O casal Hernandes, RR Soares, Macedo e Valdemiro Santiago não se pronunciaram a respeito.
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Aguardem para o desfecho disso. O Malafaia deve embolsar uns 100 mil de indenização por danos morais. Após ser indenizado, Antunes provavelmente será desprezado pelo mundo do jornalismo, considerado um elemento de risco financeiro aos órgãos de Imprensa.
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Elias e a longa seca sobre Israel


Por Eliseu Antonio Gomes

Nomenclaturas

Existe uma diferença entre os fenômenos climáticos seca e estiagem. Ambas provocam a insuficiência de chuvas. Porém, há um conceito metereológico que define a seca como um fenômeno permanente, enquanto a estiagem acontece por determinado intervalo de tempo.

Baal e Aserá

Baal era a principal divindade masculina dos fenícios e dos cananeus, era considerado o deus do trovão, do raio e da fertilidade, simbolizava as forças da natureza e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais.

A deusa Aserá era a esposa de Baal, adorada entre os sidônios e na mitologia cananéia.

Fidelidade, infidelidade, escassez e fome

A Escritura revela que a fome era extrema em Samaria. O grande período sem chover provava que Baal era um deus falso. A passagem bíblica de 1 Reis 18.5 revela que inclusive os cavalos de montaria do rei sofriam com sede e fome.

Até mesmo em uma grande escassez Deus nunca se esquece dos seus servos fiéis. Enquanto os idólatras padeciam durante o tempo que não chovia, o Senhor revelava-se de maneira maravilhosa ao enviar provisão aos que não dobraram seus joelhos a Baal. Não faltou água e comida para Elias durante a estiagem, como também não falou provisão aos muitos outros profetas do Senhor (1 Reis 17.1-7; 18.4; 19.18).

O apóstolo Paulo nos deu um depoimento sobre sua fé em Deus independente das condições em que se encontrava, que todo cristão precisa estar disposto a imitar: "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" - Filipenses 4.12-13.

O monte Carmelo

O monte Carmelo era o pico de uma cordilheira, as cadeias de monhanhas que ele fazia parte se estendiam do sudeste de Israel até o Mediterrâneo. O local era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal, onde havia santuários pagãos nos quais prestava-se culto ao falso deus pedindo o retorno das chuvas e boas colheitas.

O longo período em que não chovia sobre o reino do norte criou as condições para que Elias desafiasse os profetas de Baal e de Aserá, provasse que tais divindades não passavam de deuses falsos.

O teste da verdade

No monte Carmelo, Elias resolveu realizar o teste da verdade e mostrar a superioridade de Jeová contra Baal. Era o ambiente mais que propício ao desafio, pois haviam novecentos sacerdotes pagãos e grande aglomeração de corações israelitas idólatras. Conferir: 1 Reis 17.1, 2; 18.1, 2, 19. 21, 39.

Com firmeza de fé, Elias convidou o rei Acabe e os sacerdotes de Baal ao cume do monte para realizarem uma prova de fogo, com a finalidade de determinar quem adorava ao Deus verdadeiro. O teste que o profeta estabeleceu colocava a sua vida em risco: o Deus verdadeiro responderia à oração do seu adorador com fogo para queimar a oferta de sacrifício. Se Baal enviasse fogo, Elias seria morto. Mas Elias se sentiu tranquilo porque tinha convicção que Baal sequer existia e que era servo do Deus vivo. Em reação à ação de Elias, Deus enviou uma das respostas de oração mais espetaculares registradas na Bíblia Sagrada, capitulada em 1 Reis 18.22-40.

Fé e coragem

Elias era um homem perseguido por causa de sua religião, era ilegal ser um profeta do Senhor durante o reinado de Acabe e rainha Jezabel. Com coragem ele se opunha a religião idólatra financiada pelo Estado, requerida por lei.

Elias era uma mero cidadão entre o povo simples que seguia com o coração dividido, idolatrando Baal, Aserá, e ao mesmo tempo a Jeová. A clássica pergunta (até quando coxeareis entre dois pensamento?) revela o coração infiel dos judeus, que deveriam adorar apenas ao Senhor, mas sob pressão curvavam os joelhos a Baal. José Gonçalves, comentarista da revista Lições Bíblicas, ao abordar essa interrogação, escreveu: "A palavra hebraica "as'iph", traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo."

Pela perspectiva humana, a proporção desigual de pessoas, quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e quatrocentos e cinquenta profetas de Aserá contra um profeta do Senhor, revela a fé e coragem de Elias. Ele sabia que estava na condição de alguém desprotegido apenas aparentemente. Deus estava presente naquele momento e em todos os outros (1 Reis 17.1; 18.19).

Elias fez uso do ato profético para revelar aos israelitas a soberania de Deus, não somente sobre a história, mas sobre os fenômenos naturais. Ao final da prova de fogo, ordenou que matassem os profetas de Baal e Aserá seguindo a ordenança que constava na Lei de Moisés: 1 Reis 18.40; Deuteronômio 18.20.

Ao corajosamente usar a fé, não ceder à pressão estatal, o profeta serviu de instrumento de Deus para que os propósitos divinos fossem alcançados. Embora o coração de Acabe não tenha se convertido ao ver o resultado do confronto realizado no monte Carmelo, o povo se arrependeu diante da evidência que Jeová é o único Deus verdadeiro, a fonte de vida e bênção, e o perigo da apostasia total foi afastado.

A lição contida na persistente oração de Elias

Apesar de Deus avisar a Elias que iria chover, o profeta prostrou com rosto em terra e orou por sete vezes pedindo ao Senhor que abrisse as janelas do céu, acreditou que haveria resposta positiva da sua oração mesmo antes de qualquer evidência (1 Reis 18.1; 42-45). O apóstolo Tiago esclarece que a oração de um cristão pode ser tão eficaz quanto a de Elias (Tiago 5.17-18).

O escárnio de Elias e o clamor dos profetas de Baal

Eias era um homem sujeito às mesmas paixões carnais que qualquer um de nós. A situação de animosidade entre ele, Acabe, Jezabel e os sacerdotes de Baal, era intensa, algo grande e capaz de abalar seu lado emocional (1 Reis 18.17-18; Tiago 5.17).

No cume do Carmelo, enquanto os sacerdotes de Baal prepararam o altar e clamaram por mais de seis horas, e ao mesmo tempo se retaliaram, sem obter nenhum tipo de resposta, Elias caçoava de todos eles. Com certeza os sacerdotes pagãos ridicularizaram Elias e sua fé. Vivendo na Dispensação da Lei, que imperava o revide "olho por olho e dente por dente", o profeta deve ter replicado às zombarias que ouviu (Êxodo 21.24; 1 Reis 18.26-29).

A reação zombeteira de Elias é apresentada apenas como um relato, não há nas Escrituras uma posição afirmando que a atitude de escárnio era da vontade divina. Entretanto, encontramos entre os cristãos quem admire a postura irônica de Elias, e até o imite fazendo ironias também.

Zombar é escarnecer, aborrecer, comportar-se dando vazão aos sentimentos de ira e inimizade e ao mesmo tempo provocá-los no próximo. O Salmo 1 recomenda ao servo de Deus não assentar-se na roda de escarnecedores, quanto mais proceder igual a eles. Nenhum cristão deve comportar-se como um escarnecedor.

Conclusão

Estamos na Dispensação da Graça, o tempo das zombarias de Elias passou, é tempo de amar os semelhantes.

O cristão precisa dominar o ambiente em que está com atitude de mansidão. Ser manso não é ser fraco, é ser forte espiritualmente, é saber reagir com a firmeza de uma rocha, a pedra imóvel e inabalável diante de todas as intempéries."Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar." - Tiago 1.19.

Ame a todos. É preciso amar, porque a prática do amor se consiste no cumprimento do mandamento de Cristo.

Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes" - Mateus 5.38-42.

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” - Mateus 5.43-45.

Ore em favor de quem não merece ser amado por você, peça a Deus que crie situações em que poderá praticar o bem para quem se comporta como seu inimigo. O amor é o vínculo da perfeição, quem pratica o amor vive em santidade, está distante do pecado como Deus orienta que esteja (Colossenses 3.14).

E.A.G.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ninguém merece, mesmo!

Ninguém merece! Não é difícil encontrar alguém usando essa frase em tom de reprovação de alguma situação chata, contra uma pessoa que fez algo que não é bem aceito.
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Mas você já pensou nesta frase fazendo um paralelo com o Evangelho? A palavra "graça" é karis em grego. Ela significa "favor não merecido".
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 "Graça" tem a sua raiz etimológica associada com as palavras "alegria" e "regozijo". Isto é: graça é uma situação que nos leva a estar alegres, alegrar-se muitas vezes.
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Quando Deus disse para Paulo "a minha graça te basta" (2 Coríntios 12.9) não estava passando uma reprimenda nele. Animava-o. O Senhor incentivava o apóstolo lembrando que ele tinha muitos motivos para estar contente, porque o poder divino se aperfeiçoava na fraqueza humana dele.
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Quais seus pontos fracos? Alegre-se, porque o favor divino, que ninguém merece, está ao seu alcance. Use-o!
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E.A.G.
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Fonte: Belverede 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A importância do evangelista no plano da salvação


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A salvação é um processo que acontece quando a pessoa abre o coração ao Espírito Santo. Deus é sábio e só Ele está de uma ponta até outra deste momento de transformação da alma. O pregador é NADA! Sinto dó de quem se acha importante neste assunto da salvação e desdenha do próximo. Só Jesus é eficaz nesta matéria
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"Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. "Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho" 1 Coríntios 3.5-8.
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O trabalho de Deus no plano da salvação é muito bonito, meticuloso, espetacular! Dá alegria só de pensar. Leia a listagem que encontramos na carta de Paulo aos cristãos da Igreja Primitiva:
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"Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós" Efésios 4.4-6.
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"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" - Efésios 4.10-13.
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Deus é único e eficaz no processo da salvação. A mensagem é entregue por seres humanos, porém o processo que está nas mãos do homem não é capacidade de uma só pessoa. O aperfeiçoamento das almas envolve apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Neste processo, o Espírito nos usa como membros de um corpo que se chama Igreja... O coração precisa dos pulmões, o pulmão do fígado, o fígado das mãos, e a mão esquerda da mão direita... O pulmão morre sem o restante dos órgãos... Todos os órgãos morrem sem o funcionamento dos pulmões... Somos dependentes uns dos outros para viver em Cristo.
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O mensageiro que entrega a mensagem da salvação precisa entender que é apenas uma parte de um grande elo que só é vivo se houver envolvimento direto com o Espírito. Não é apenas o ministério de evangelista, nem o de apostolado, ou de pastor, mestre ou profeta, que levará uma pessoa ao aperfeiçoamento espiritual... E Deus faz com que seja um processo coletivo, nunca individual  para que ninguém queira se sentir mais importante que Jesus Cristo quando uma alma se converte.
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Eu gosto do evangelismo do tipo olhos nos olhos. Gosto de falar sobre Jesus para quem quer ouvir falar dEle. Eu me esforço para continuar a evangelizar até quando a pessoa está bem firmada na fé. Se possível, levo a pessoa evangelizada e apresento ela ao pastor que a pastoreará. Não promovo placas de denominações evangélicas. Existem pessoas que estão por aí, pregando, pastoreando, que um dia Deus me deu o prazer de encontrar e falar a elas sobre o plano da salvação. Essa capacidade é dada pelo Espírito. Tenho plena consciência que não sou nada neste processo de evangelismo. Glórias ao Senhor por tudo isto.
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Quer evangelizar e ver almas seguindo a Jesus por intermédio de você? Ore a Deus e aguarde. O Senhor responderá seu pedido. Fique com os olhos bem vigilantes, pois a resposta virá e deve aproveitá-la.
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E.A.G.
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Fonte: Belverede
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

EBD 2013 - 1º trimestre: Elias e Eliseu e a aposta...

Eliseu Antonio Gomes: EBD 2013 - 1º trimestre: Elias e Eliseu e a aposta...: Por Eliseu Antonio Gomes O nome Elias significa "o Senhor é Deus". E Eliseu, "Deus é salvação".


A fé que nos leva à salvação possui exatamente a sequência dos significados dos nomes desses profetas: é preciso crer e confessar que Jesus Cristo é o Senhor pois só no Senhor é possível ser salvo (Mateus 10.32; Atos 16.31; Filipenses 2.11).

Tanto Elias quanto Eliseu viveram após o reinado de Salomão, quando a nação de Israel estava divida em dois reinos independentes. Judá ao sul e Israel ao norte. Ambas tiveram entre seus cidadãos homens levantados pelo Senhor para tratar de assuntos como justiça social, a necessidade do afastamento do pecado e da aproximação a Deus.

Naquela época, Deus havia instituído nos dois reinos as figuras dos profetas, dos sacerdotes e permitido a existência da monarquia como forma de governo administrativo. Quando os líderes e os governos desviam-se dos propósitos divinos os profetas entravam em ação.

Os dias de Elias em Israel se passaram num período em que seu país ganhou fama devido a grande impiedade do rei Acabe e sua esposa Jezabel e desvios dos caminhos do Senhor por parte da maioria dos judeus.

A apostasia de Onri e Acabe

Onri (em hebraico, impetuoso) foi rei de Israel e pai de Acabe. Na esfera de poder neste mundo, foi um grande administrador, fundou Samaria e fez dela a capital de seu reino. No que tange à fé, exerceu um mau reinado e aplicou uma péssima instrução ao filho, que o precedeu no trono (1 Reis 16. 23-28).

Acabe (hebraico: irmão do pai, isto é, muito semelhante ao pai), governou no período de 874 e 853 a.C.. Ele é descrito como o monarca que mais irritou ao Senhor, e esta declaração é apresentada revelando que ele construiu um bosque (1 Reis 16.33). Não se trata da construção de um simples arvoredo, era a tentativa de misturar elementos de culto judaico com elementos de culto cananeu,  a criação de um ambiente de culto pagão preparado pelo rei, onde se encontrava troncos de árvores com imagens de esculturas, lugar em que o povo era incentivado a reunir-se para adorar a Baal e Asera (sugestão de leitura no rodapé), ou seja, Acabe institucionalizava a apostasia dos judeus, o governo de Acabe patrocinava a idolatria em Israel, induzia o povo de Deus a afastar-se dEle.

A apostasia na Igreja

O crente com coração duvidoso é lançado para todos os lados e nada receberá do Senhor. Nada! A consequência de ser um crente inconstante leva ao mesmo resultado que as ondas recebem do oceano. Grandes movimentos ondulatórios de águas são lançados às praias e quebram-se nos rochedos ou na areia. Ao ler a Bíblia Sagrada, é preciso ater-se aos detalhes. Tiago redigiu carta aos crentes, não foi aos incrédulos. Em sua missiva mencionou cristãos com ânimo inconstante: num momento seguem a Cristo e em outro seguem os instintos da carne. Vamos ao que está escrito pelo apóstolo: "Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos" - Tiago 1.2-8.

O apóstolo Paulo tratou do mesmo assunto, porém, focando crentes que estão em outro nível deplorável. Existem pessoas que em alguma parte do passado delas tiveram a condição de salvas e depois perderam a salvação que Deus lhes deu. A fé e a salvação não foram tirada delas. Ao desprezar por conta própria a fé e o dom da salvação, perderam a posição de salvas. Após a inconstância à fé elas decidiram por abandoná-la em definitivo. Paulo escreveu o seguinte: "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" - 1 Timóteo 4.1.

Apostatar é o mesmo que renunciar. Não é possível abandonar aquilo que nunca foi nosso. Paulo não afirmaria que alguns largariam a fé se em alguma fase da vida não a possuíram.

A fé genuína e a fé pagã

É uma pena ver cristãos entrando em seminários teológicos e ao concluírem seus cursos saírem de lá piores do que entraram - há casos de apostasia. Isto ocorre em algumas instituições de ensino que não prezam pela vida espiritual dos alunos. Que se multipliquem os teólogos entre nós, porém, que o conhecimento mais  importante seja enfatizado, que é o temor a Deus.

A palavra religião, tem raiz no termo latim religare (ligar outra vez). Tiago explicou como ocorre a religação com Deus - faça o bem aos necessitados e evite se sujar com o pecado: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo" - Tiago 1.2. Muita gente falha nesta lição. Pratica o bem e ao mesmo tempo não se importa em pecar, ou contaminado com o pecado faz o bem pensando que por meio da caridade se tornará limpo.

Na sociedade moderna, os religiosos que seguem as determinações bíblicas rigidamente são considerados fundamentalistas, fanáticos, retrógradas. E para esquivar-se dessa hostilidade, muitos que se apresentam como cristãos  praticam a religião proposta por Acabe - uma fé misturada. A filosofia da atualidade é: adore a Deus, mas não precisa seguir à risca os princípios bíblicos, relativize as propostas das Escrituras Sagradas. Adapte a Palavra de Deus a você, não permita que ela molde você.

Ao contrário de Jezabel, Acabe não teve iniciativa clara de matar profetas e nem de erradicar a religião judaica de Israel. Ele tentou misturar religiões. São muitos que hoje em dia desejam viver uma religião cristã cheia de misturas com diversos movimentos religiosos.

E isso nos leva a perguntar: como vai a sua fé? Quais são as bases de suas decisões diárias? Só a Bíblia Sagrada deve ser a nossa regra de fé e conduta (Salmo 119.109).

Conclusão

O objetivo de Deus não é fazer com que as almas se convertam em cristãos assembleianos, cristãos batistas, cristãos presbiterianos, arminianos ou calvinistas. Apenas deseja que as almas sejam seguidoras de Jesus Cristo. Você quer praticar seu cristianismo frequentando a Assembleia de Deus? Ótima opção! Batista? Muito bem... Mas, se fazendo presente nelas ou em outras denominações evangélicas, cuide-se para que a placa denominacional do ministério cristão que mais aprecia esteja sempre abaixo da sua adoração a Deus e a Jesus Cristo.

Equiparar  em importância o Evangelho de Jesus Cristo, sintetizado por Tiago como "a religião pura e imaculada" aos credos religiosos é viver uma situação similar à religiosidade proposta por Acabe. Que cada um de nós tomemos o devido cuidado para não tratar dogmas e ortodoxias como deuses em nossa jornada de fé.

E.A.G.