quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A religião verdadeira






Por Eliseu Antônio Gomes

Ao ler a postagem da Cintia Kenashuigue, Pensamento no dia 21/02/13, conteúdo escrito sobre a necessidade alheia e a frieza de quem pode ajudar e não ajuda o próximo, lembro-me das Escrituras Sagradas e de quatro episódios que ocorreram em minha vida.

 

A Palavra de Deus:

 

"Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." - Tiago 2.14-17.

 

Experiências:

 

 - Encontrar o próximo necessitado é uma ótima oportunidade para que possamos compartilhar a bênção que Deus nos deu; para que façamos o bem. Primeiro, fazer o bem a nós mesmos, pois dessa forma obedecemos ao mandamento de Cristo. Em segundo lugar, fazemos o bem quando passamos o bom exemplo aos nossos filhos, mostrando que é preciso praticar o amor, praticando-o. E em terceiro, pelo fato de suprir aos necessitados. 

 

 - Em nossa casa, acostumamos dar alimentos e roupas, junto com literatura cristã. Alguns dias atrás, uma pedinte apertou nossa campainha. Nossa filha atendeu, levando para ela um sanduíche que havia especialmente preparado e voltou com ele nas mãos: "Pai, senhora quer comprar remédio, pediu dinheiro". Respondi: "não damos dinheiro aos estranhos, não sabemos se de fato será usado como é dito que será."

 

Em 1979 ocorreu um fato que me levou a agir assim. Numa manhã, por volta de 9 horas, uma mulher com criança no colo passou em meu local de serviço, um estabelecimento comercial na Lapa, região oeste de São Paulo, ela pedia dinheiro para alimentar o bebê em seu colo, era uma criancinha que aparentava ter aproximadamente três anos. Eu dei o valor que pedia. Instantes depois, não mais que cinco minutos, saí para comer lanche e beber um refrigerante do outro lado da esquina, e encontrei a mesma pessoa, sem a criança, com um copo de cerveja sendo levado à boca.  O dinheiro foi usado para o vício!

 

 -  Na região onde moramos estamos bem longe das favelas (o "politicamente correto" exige que se use o sofisma "comunidades") De tempos em tempos, passam alguns moradores desses lugares mais pobres pedindo comida ou roupa. Uma jovem senhora, tímida, por muito tempo passou em nossa porta uma vez por semana e, sem muito diálogo, levava o alimento do corpo e da alma, Depois de uns meses não mais voltou. E, em uma determinada noite fomos surpreendidos quando estávamos em visita na congregação de um parente. No meio do grupo de louvor, lá estava ela cantando para Deus. Ao final do culto, tivemos a felicidade de saber que era uma nova-convertida.

 

 - Uma vizinha, incomodada com a presença de pedintes em nossa rua, gente com aparência desagradável por falta de banho, uso de roupas velhas e falta de uso de pente nos cabelos, queixou-se: "Não doe nada, ao doar incentiva que eles sempre retornem". Ouçamos o que Deus diz, e nunca corações duros como esse!

 

E.A.G.

Fonte: Vivendo a Última Hora

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O legado de Elias


Por Eliseu Antonio Gomes

A chamada ministerial é uma situação de especificidade, é uma característica única na vida das pessoas, algo impossível de ser copiado, repetido por outros. É uma relação entre o Senhor e a personalidade do servo.

Deus prepara o ser humano para a missão a ser desempenhada, coloca nas entranhas de sua alma talentos próprios, para cumprir sua função ministerial, dá-lhe situações na vida para aprimorar sua vocação.

Características distintas entre a vida de Elias e Eliseu

Qual a profissão do profeta Elias? Talvez não tivesse nenhuma ocupação especializada, pois a Bíblia Sagrada relata apenas seu local de origem e não sua atividade de trabalho secular. Por sua vez, Eliseu era boiadeiro e trocou o ofício terreno pelo sagrado.

A Bíblia não relata a morte de Elias, informa que ele foi arrebatado numa carruagem de fogo. Mas, informa a morte de Eliseu, e que seu cadáver continha virtude e foi capaz de ressuscitar um homem morto.

Imitadores de Eliseu?

Quando o profeta Elias encontrou o jovem Eliseu, ele arava a terra usando doze juntas de bois. Elias passou sobre ele o seu manto. Após o ato simbólico, Eliseu fez uma mesa de confraternização usando como alimento as carnes dos animais que usava para trabalhar na terra, para isso usou o jugo dos bois como madeira de combustão para preparar o fogo. Isto é, deixou a sua profissão para exercer o ministério de profeta em tempo integral.

Alguns cristãos tomam a atitude como um exemplo para a carreira de obreiro. É preciso situar e contextualizar. Não é possível comparar sem fazer as devidas proporções. Eliseu era um profeta no Antigo Testamento, viveu na Dispensação da Lei, não conheceu Cristo e não pregou as Boas Novas do Calvário. Nós somos almas que estamos na Dispensação da Graça, conhecemos a Jesus e seu sacrifício vicário, temos a missão de anunciar ao Senhor como Salvador.

O legado cultural tem a ver com o idioma, costumes e tradições, que passam de uma a outra geração. Mas, para o cristão, a herança que é uma obrigação ser transmitida é apenas a fé em Cristo, como Senhor e Salvador. A missão do cristão é ensinar seu semelhante a imitar a Cristo (1 Coríntios 11.1).

E.A.G.
.

Fonte: Belverede

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Elias, a depressão do homem de Deus


Artigo relativo à lição nº 5, Um Homem de Deus em depressão, com comentários de José Gonçalves. Este conteúdo visa servir de subsídios aos alunos que usam a revista Lições Bíblicas, publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus, cujo material é dirigido à Escola Bíblica Dominical (EBD) no período do  1º Trimestre de 2013: Elias e os profetas de Baal. Contudo, o texto é abrangente, serve a todo aquele que deseja meditar sobre o assunto.

O que é a depressão? Depressão é parte de um processo psicológico. é um transtorno psiquíatrico ligado ao desequilíbro das substâncias químicas no cérebro. É mais do que uma simples tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. Ela pode ser de origem genética, como também aparecer devido estresse, estilo de vida, alimentação e problemas de ordem pessoal. Causa desânimo, delírio, comportamento autodestrutivo, suicídio.

"Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" - Romanos 15.4.

Como homem de Deus, Elias era espiritual, tinha a capacidade de fazer o extraordinário de Deus acontecer, apesar de todos os pesares da limitação humana. As Escrituras Sagradas relatam a fragilidade do profeta tisbita e de outros grandes personagens bíblicos. E através disso vislumbramos que o Senhor está interessado em ajudar os depressivos a superarem a depressão.

Observe como Deus trata o deprimido Elias em 1 Reis 19.5-7: Ele o faz dormir duas vezes e lhe dá dois pratos de comida. Isso o profeta deveria ter feito por si mesmo. Muitos cristãos desabam deprimidos por negligenciar os devidos cuidados necessários quanto às coisas mais essenciais da vida, que são comer e dormir.

É surpreendente a diferença de comportamento de Elias em 1 Reis 18 e 1 Reis 19. Primeiro, um Elias entusiasmado e ousadíssimo demonstra o poder e a grandeza de Deus ao confrontar o rei e 850 sacerdotes pagãos, depois, diante da ameaça de Jezabel, corre assustado e se esconde. O que houve? Talvez o profeta esperasse que diante do fato de orar e descer fogo do céu, tudo mudaria em Israel, a idolatria acabasse e Acabe se convertesse ao Deus verdadeiro. Talvez, a mudança drástica de ânimo aconteceu porque ao invés de ocorrer um grande avivamento, a perseguição passou a ser mais intensa, havia o iminente risco de morrer.

Elias, como ser humano era sentimental, se decepcionou e experimentou a dor da alma,, todas as intempéries da vida. Durante os momentos de conflitos internos, períodos de enorme tristeza, sentiu medo e empreendeu fuga, isolou-se e sentiu comiseração. Em sua solidão e sentimento de autopiedade quis morrer, e descobriu que estava debaixo dos cuidados de Deus (1 Reis 19.3-7; Tiago 5.17-18).

Aprendemos com a expectativa de Elias que apesar de Deus trabalhar em nossas vidas de maneira espetacular, nem sempre a reviravolta que desejamos que aconteça, acontecerá de imediato. Se nos concentramos em determinado resultado rápido, poderemos cair na mema depressão do profeta: sentimento de fracasso, medo e frustração. É preciso ter paciência, ignorar as aparentes dificuldades e enxergar além dos problemas. Não há nenhum erro em querer ver o melhor, mas é necessário tomar cuidado com a espécie de nossas expectativas, pois elas podem levar às grandes decepções.

Nenhum cristão está imune ao desconforto psicossocial. Então, precisa manter o foco na direção certa. Não andamos por vista mas pela fé. Usando a fé  jamais nos esqueceremos que Deus está no controle de tudo (2 Coríntios 5.7; Salmos 103.19; 115.3). Ao manter a confiança que o Senhor é fiel, e descartamos os anseios equivocados, descansamos nas promessas e princípios revelados nas Escrituras Sagradas (Números 13.1-2; Salmo 19.7-9; 93.5; Romanos 4.16-21).

E.A.G.
FONTE - Belverede

_________

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Mudanças


Por Eliseu Antonio Gomes

http://wallpapers-mobilewallpapers.blogspot.com.br/2011/05/refreshing-rainy-mobile-wallpapers.html

Na vida da gente, existem momentos em que mudamos. Pela vontade de outros, por decisão própria, pela força do curso da vida - que uns chamam de destino e outros, assim como eu, acreditam ser a soberana vontade de Deus.

http://wallpapers-mobilewallpapers.blogspot.com.br/2011/05/refreshing-rainy-mobile-wallpapers.html

Cristãos evangélicos ou não, estamos neste mundo, submetidos às intempéries das quatros estações. Debaixo de sol e chuva, dependentes de luz elétrica e de água mineral fluoretada.

http://favim.com/image/46468/

Como vai sua vida? Bebendo água com flúor ou esperando a transposição do rio São Francisco?  Chove em sua região ou a longa estiagem castiga as narinas com a poeira seca e o sol causticante? Seja qual for a situação, não reclame e nem se curve diante de barreiras. Considere seus problemas como novas oportunidades de ultrapassar barreiras e as dificuldades como chances de vencer.
..
A minha vida está nas mãos de Deus. Estou vivendo o verão paulistano, com o calor das manhãs e os temporais da tarde. Raios cortam os céus e trovões ensurdecedores nos faz lembrar o quão pequeninos somos diante da magnitude da natureza.


Em plena Capital do Estado de São Paulo, recebo o incômodo fornecimento de energia elétrica pela AES Eletropaulo, distribuição inconstante ao chover. Apagões, cortes abruptos, idas e vindas rápidas de energia, provocam queimas de aparelhos elétricos. Meu computador, um Windows 7 está nas mãos do técnico com a placa-mãe AMD queimada... É estranho passar por isso na Capital de São Paulo, porque essa situação parece não combinar com uma cidade que é considerada uma das maiores metrópoles do mundo.
.
E durante três dias seguidos, a distribuidora de Internet da minha região deixou a desejar, fiquei sem a Rede Mundial de Computadores, sem telefone, e perdi a conexão de HD nos canais de televisão - acho que a entrada HDMI do televisor queimou, ou o modem da operadora de TV a cabo... Depois de muitas ligações pedindo restabelecimento de serviço, um técnico apenas constatou o defeito e se foi... Outro, trocou o aparelho e deixou o novo inoperante "no prazo de seis horas tudo voltará à normalidade", disse.




Você quer ter dias felizes? Jesus Cristo mencionou a chuva e sol, para nos lembrar que o Criador não faz distinção entre justos e injustos, maus e bons, ao fornecer luz e água. Para ser feliz é preciso imitar ao Senhor e também amar indistintamente as pessoas, fazer o bem como Deus faz a todos (Mateus 5.43-45).
.
O apóstolo Pedro escreveu: "Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano. Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal" - 1 Pedro 3.10-12.
.
E.A.G.
.
Fonte: Belverede

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O espinho e a graça de Deus na vida de Paulo


http://photolight.co.il/gallery/20531.html

Espinhos e cardos em solo de Israel.
Por Eliseu Antonio Gomes
.
"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar" - 2 Coríntios 12.7.
.
Por quarenta anos, após deixar para trás a escravidão no Egito o povo judeu caminhou pelo deserto. Portanto, sabiam muito bem que espinhos são encontrados em cardos e arbustos silvestres, plantas que crescem em terras áridas e inférteis ao plantio de árvores frutíferas.
.
Literalmente, Jesus Cristo sentiu a dor provocada por pontas de espinhos. Para zombar, os soldados romanos fizeram com que Ele vestisse roupa púrpura, colocaram em sua cabeça uma coroa espinhosa, esbofetearam o Filho de Deus, e de forma irônica o apresentaram como rei dos judeus (João 19.1-5).
.
A única certeza que podemos ter quando Paulo menciona um espinho em sua carne é que tal espinho era uma metáfora para um mensageiro de Satanás com a missão de esbofeteá-lo para que não ficasse orgulhoso. Mas não são poucas as suposições sobre qual seria o espinho que fez Paulo sofrer.
.
Paulo, talvez, ao citar a palavra “espinho” estivesse fazendo alusão à profecia contra Sidom, capitulada em Ezequiel 28.20.26, que apresenta o juízo divino contra os inimigos do povo de Deus. Os perseguidores são chamados de espinhos e abrolhos no versículo 24. O apóstolo, ao mencionar o seu espinho também menciona ser alvo de perseguições (2 Coríntios 12.10). Possivelmente o apóstolo tenha pedido ao Senhor que seus perseguidores fossem impedidos de o alcançarem e o maltratarem.
.
É importante ressaltar que Sidom fazia fronteira com Israel, os sidônios não eram uma ameaça militar, seus males eram perigosos no sentido de se aproximarem “amigavelmente” dos judeus, por usarem a diplomacia e através de relacionamento social prazeroso propagar o paganismo de maneira muito bem organizada, e assim influenciar os israelitas a pecarem contra Deus.
.
Acerca deles, Salomão escreveu: "Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas" – Provérbios 1.10 (NTLH).
.
Em Atos 17, Lucas descreve duas espécies de perseguidores de Paulo e três causas do grande sofrimento em sua vida:
.
1 - Perseguidores judeus violentos (1-13);
2 - Por ver cidadãos atenienses em pecado de idolatria (16-17);
3- Como debatedor em roda de conversas com pessoas cultas, atenienses pacíficos, filósofos epicureus e estóicos, defensores da idolatria no Areópago (18-28).
.
Seja o espinho de Paulo “inimigos amigáveis” ou violentos, ou outra espécie de mal, é certo que provocava muita dor e quis livrar-se do incômodo e não conseguiu.
.
Lembramos que o próprio apóstolo ensinou que o ser humano colhe o que planta. Paulo foi perseguidor de cristãos e responsável por muitas mortes horríveis, inclusive de Estevão por apedrejamento (Atos 22.20). Ele plantou o mal físico e deveria colhê-lo fisicamente. Por este motivo, ao orar e pedir ao Senhor que retirasse dele a causa de sua dor, recebeu a resposta “a minha graça te basta” (2 Corintios 12.9).
.
E.A.G.
.
Fonte: Belverede


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Elias e a viúva de Sarepta

Por Eliseu Antonio Gomes

O artigo é escrito com o objetivo de servir de subsídio à lição bíblica A Viúva de Sarepta, nº 6, contida na revista Lições Bíblicas, comentada por José Gonçalves, publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus. O artigo tem como objetivo servir de subsídio aos alunos que fazem uso dessa material pedagógico, como também a todos os estudantes da Palavra de Deus, que não têm qualquer contato com o periódico. 
 
O estado civil do profeta
 
Elias era um homem solteiro. E como tal tinha maior liberdade de agir, viajar, colocar a sua vida em risco, ao desafiar os monarcas hereges de sua nação, estar sujeito às intempéries e ser alimentado por corvos à beira de um riacho no meio da mata. Contudo, a Palavra de Deus anuncia "Deus faz que o solitário viva em família" - Salmos 68.6a.
.
Em Gênesis 2.18, temos a declaração do Criador "não é bom que o homem esteja só" e providenciou a Adão uma companheira idônea.

O apóstolo Paulo, enfatizando que não falava da parte do Senhor, apenas emitia opinião pessoal, escreveu que preferia que os obreiros não se casassem, porque os casados têm a obrigação e dividir as atenções entre os compromissos desse mundo e os compromissos referentes à eternidade. Ele pensava que escolher viver o estilo de vida solitária deveria ser opção de fórum íntimo, sem pressões de terceiros. Praticar relação sexual fora da instituição casamento é pecado (1 Coríntios 7.8-11).

O sexo heterossexual é uma bênção. Deus criou o casamento para que homens e mulheres desfrutem dele dentro do casamento, inclusive para procriar. Alguns dados interessantes sobre isso:
1 - Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, e primeiro do Antigo Testamento, mostra o Criador unindo Adão e Eva, instituindo o casamento heterossexual (Gênesis 2.21-22);
 
2 - Malaquias, o último livro do Antigo Testamento, apresenta o profeta avisando que o Criador detesta o repúdio/divórcio, referindo ao desprezo do esposo a sua esposa (Malaquias 2.16); 
.
3 - O primeiro milagre de Jesus foi em uma casamento (João 2.3; 4.46);
.
4 - O último livro do Novo Testamento e da Bíblia apresenta a união da Igreja com Cristo nos céu, usando a simbologia do casamento heterossexual. Isto é, Jesus é o Marido e a Igreja a esposa (Apocalipse 21.12).

O estado emocional da viúva de Sarepta
 
Elias foi homem fiel, zeloso diante do Todo-Poderoso ao confrontar a apostasia no reino do norte. Por sua coragem e fé era um perseguido político. Como Pai amoroso, Deus o guiou para fora de Israel, para Sarepta, uma cidade fenícia entre Tiro e Sidom, território em que o rei Acabe e a rainha Jezabel não tinham autoridade para matá-lo.

Jesus Cristo, ao narrar o episódio em terra siro-fenícia, revelou que a caminhada de quinze quilômetros do profeta até essa mulher foi um esmerado cuidado e providência divina (Lucas 4.25-26). Entendemos que o Senhor usou a fé e o  ministério de Elias para que ela e seu filho sobrevivessem à estiagem de três anos e meio e usou o talento de cozinheira da viúva para que o profeta se servisse de uma boa culinária.

O profeta encontrou a pobre viúva com a mente triste, pensando em morrer de fome, ela havia desistido de lutar por sua sobrevivência e de seu filho, apanhava gravetos para fazer a última refeição, depois não havia mais com o que se alimentar e alimentar a criança. Quando Elias lhe pediu água e algo para comer, ela já estava instruída por Deus a obedecê-lo (1 Reis 17.9) Com certeza, ao ver-se como parte do plano do Senhor, que poderia ser útil ao profeta, exilado político, servindo um prato de comida, animou-se. Vendo o ânimo da mulher, Elias profetizou a ela que ela e o filho seriam abastecidos de comida enquanto não chovesse: "Assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra." - 1 Reis 17.14.

Reparem, economicamente, a viúva quase nada tinha a oferecer, mas possuía a experiência para cozinhar. Se recusasse compartilhar a água e a confecção do bolo, o profeta teria seguido adiante em sua fuga. O relato bíblico não diz que ela recusou-se a servir ao estranho homem estrangeiro. Ao contrário, a viúva recebeu o profeta como hóspede por muitos dias e neste período ele esteve debaixo de seu teto bebendo e comendo. Ela foi abençoada por Deus pelo fato de ser hospitaleira, abrir porta de sua instalação domiciliar ao profeta. Um dia o filho dela veio a falecer, e Deus usou o profeta para ressuscitá-lo. Caso Elias não estivesse ali, aquela senhora não teria enterrado apenas o marido, mas o filho também, ou até morrido antes dele (1 Reis 17.17-24).

Por tudo isso, a dona de casa fenícia, que as Escrituras não divulga o nome, apenas seu coração bondoso e dotes culinários, foi uma bem-aventurada.

"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber." - Atos 20:35.

Conclusão

O Senhor é o mesmo, é o nosso Provedor, tem uma variedade de formas de ajudar o seu povo, está sempre disposto a socorrer e sustentar os seus filhos, Ele usa os meios mais inesperados. Sempre cuidará daqueles que se dispõe a fazer a sua vontade (Salmo 37.6).
.
E.A.G.
.
Consultas:
Belverede - Eliseu Antonio Gomes - A família pela pespectiva bíblica 
Ensinador Cristão, ano 14, nº 56 (CPAD)
Lições Bíblicas, 1º Trimestre 2013, José Gonçalves (CPAD).
.
Fonte: Belverede

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Foi justo?


Por Helmuth Matschulat

"Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela" - Atos 2.22-24.

Certa ocasião recebi o pedido de um ilustre desembargador, já aposentado, para conversar sobre o julgamento de Cristo. Ele admitia a inocência de Jesus, mas, como profundo conhecedor do direito romano, concluiu que o julgamento não estava bem contado. Segundo ele, não seria correto o justo sofrer pelo injusto. Cada um deve arcar com as consequências de seus próprios erros. Se Pilatos, representando o Império Romano, não achou culpa em Jesus, então não poderia ser condenado. O jurista concluiu que a narrativa do Novo Testamento não estava correta.

Apresentei diversos livros sobre o assunto, mas com muita habilidade ele refutava os argumentos dos escritores, sempre defendendo que o registro bíblico não estava correto. Passaram-se meses. Um dia estudamos Romanos, carta na qual Paulo faz uma dissertação jurídica sobre a justificação e conclui que a lei não é suficiente para a salvação, mas sim a graça de Deus. Ao ler os versículos "Deus demonstra o seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores" (Romanos 5.8) e "o amor é o cumprimento da lei" (Romanos 13.10b), o desembargador disse que se rendia e aceitava o julgamento de Jesus. Depois foi mais fácil entender e aceitar o que o apóstolo Pedro registrou: "Cristo sofreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos" (1 Pedro 3.18a).

Recordei, então, a palavra que Deus fala pelo profeta Jeremias (23.29b): "Não é a minha palavra ... como um martelo que despedaça a rocha?" e também através de Paulo a Timóteo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça" (2 Timóteo 3.16). Quando há dúvidas, procure na Palavra de Deus as respostas!

Toda a justiça de Deus cabe dentro da sua graça, e ainda sobra espaço para a nossa restauração.

Fonte: Pão Diário, edição 2012 (Rádio Trans Mundial).
Poderá também gostar de:

Elias e a longa seca sobre Israel

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Elias, a depressão do homem de Deus



Artigo relativo à lição nº 5, Um Homem de Deus em depressão, com comentários de José Gonçalves. Este conteúdo visa servir de subsídios aos alunos que usam a revista Lições Bíblicas, publicada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus, cujo material é dirigido à Escola Bíblica Dominical (EBD) no período do 1º Trimestre de 2013: Elias e os profetas de Baal. Contudo, o texto é abrangente, serve a todo aquele que deseja meditar sobre o assunto.
O que é a depressão? Depressão é parte de um processo psicológico. é um transtorno psiquíatrico ligado ao desequilíbro das substâncias químicas no cérebro. É mais do que uma simples tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. Ela pode ser de origem genética, como também aparecer devido estresse, estilo de vida, alimentação e problemas de ordem pessoal. Causa desânimo, delírio, comportamento autodestrutivo, suicídio.

"Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança" - Romanos 15.4.

Como homem de Deus, Elias era espiritual, tinha a capacidade de fazer o extraordinário de Deus acontecer, apesar de todos os pesares da limitação humana. As Escrituras Sagradas relatam a fragilidade do profeta tisbita e de outros grandes personagens bíblicos. E através disso vislumbramos que o Senhor está interessado em ajudar os depressivos a superarem a depressão.

Observe como Deus trata o deprimido Elias em 1 Reis 19.5-7: Ele o faz dormir duas vezes e lhe dá dois pratos de comida. Isso o profeta deveria ter feito por si mesmo. Muitos cristãos desabam deprimidos por negligenciar os devidos cuidados necessários quanto às coisas mais essenciais da vida, que são comer e dormir.

É surpreendente a diferença de comportamento de Elias em 1 Reis 18 e 1 Reis 19. Primeiro, um Elias entusiasmado e ousadíssimo demonstra o poder e a grandeza de Deus ao confrontar o rei e 900 sacerdotes pagãos, depois, diante da ameaça de Jezabel, corre assustado e se esconde. O que houve? Talvez o profeta esperasse que diante do fato de orar e descer fogo do céu, tudo mudaria em Israel, a idolatria acabasse e Acabe se convertesse ao Deus verdadeiro. Talvez, a mudança drástica de ânimo aconteceu porque ao invés de ocorrer um grande avivamento, a perseguição passou a ser mais intensa, havia o iminente risco de morrer.

Elias, como ser humano era sentimental, se decepcionou e experimentou a dor da alma,, todas as intempéries da vida. Durante os momentos de conflitos internos, períodos de enorme tristeza, sentiu medo e empreendeu fuga, isolou-se e sentiu comiseração. Em sua solidão e sentimento de autopiedade quis morrer, e descobriu que estava debaixo dos cuidados de Deus (1 Reis 19.3-7; Tiago 5.17-18).

Aprendemos com a expectativa de Elias que apesar de Deus trabalhar em nossas vidas de maneira espetacular, nem sempre a reviravolta que desejamos que aconteça, acontecerá de imediato. Se nos concentramos em determinado resultado rápido, poderemos cair na mema depressão do profeta: sentimento de fracasso, medo e frustração. É preciso ter paciência, ignorar as aparentes dificuldades e enxergar além dos problemas. Não há nenhum erro em querer ver o melhor, mas é necessário tomar cuidado com a espécie de nossas expectativas, pois elas podem levar às grandes decepções.

Nenhum cristão está imune ao desconforto psicossocial. Então, precisa manter o foco na direção certa. Não andamos por vista mas pela fé. Usando a fé jamais nos esqueceremos que Deus está no controle de tudo (2 Coríntios 5.7; Salmos 103.19; 115.3). Ao manter a confiança que o Senhor é fiel, e descartamos os anseios equivocados, descansamos nas promessas e princípios revelados nas Escrituras Sagradas (Números 13.1-2; Salmo 19.7-9; 93.5; Romanos 4.16-21).

E.A.G.